Minha história no futebol de salão começa nos anos 70, quando acompanhei os Jogos Universitários Brasileiros realizados em Brasília, no Ginásio do CASEB. Os jogos começavam às 19h e às 16 horas o ginásio já estava lotado. A partir de então, passei a acompanhar os jogos do Campeonato de Brasília quando as partidas eram realizadas no ginásio da Academia de Polícia.
O melhor time era o da UnB, treinado pelo professor Kléber Soares do Amaral. O time era formado por Valtinho, Axel, Otávio, Walmir e Guairacá. Era um time quase imbatível. Foi aí que passei a ter mais contato com Axel e Guairacá, considerados por todos que acompanham o esporte, os maiores jogadores do futsal de Brasília.
Em 1975, o time da ARUC fez a sua estreia no campeonato de Brasília e era um pesadelo marcar o Guairacá Nunes. Neste mesmo ano criamos o Torneio Aberto de Futsal de Brasília e Guairacá e Axel van der Broocke atuavam na equipe do Carioca, campeão diversas vezes do torneio.
Em um jogo que eu apitei, Guairacá fez um gol de corner que ninguém sabe como a bola entrou, muito menos o árbitro da partida, que estava a um metro do atleta. Todos ficaram de boca aberta, não acreditando no que estava acontecendo. Só um gênio para fazer um gol daqueles.
No ano seguinte, Axel da sua área dá um passe para Guairacá na área do adversário e o goleiro sai com tudo para defender. Guairacá dá um toque sutil, deixando o adversário enlouquecido.
Posso dizer que tenho orgulho de ter convivido com todos os atletas do futsal brasiliense e aprendi muito atuando como atleta, dirigente, árbitro nos torneios da ARUC e como torcedor.
Sobre o autor
Helio Tremendani
Carioca, botafoguense e portelense, Hélio está vinculado à vida comunitária de Brasília e, em especial, do bairro Cruzeiro, desde que aqui chegou, em 1961. Ele é dono de um riquíssimo arquivo jornalístico e fotográfico, neste site publicados, que melhor ajudam a entender sobre a cultura e o esporte da ainda jovem capital da República.