PERSONAGEM DO ESPORTE: Joaquim Cruz

Por professor Francisco Xavier de Oliveira

Sétimo filho de uma família de nordestinos, Joaquim Cruz, migrou para o Distrito Federal. Começou sua carreira jogando basquete no SESI de Taguatinga, logo cedo mostrou grande talento para o atletismo, estabelecendo o recorde mundial juvenil de 1’44″3. Em 1981, ele mudou-se para os Estados Unidos, juntamente com seu descobridor e técnico Luís Alberto de Oliveira.

Em 1983, Cruz foi medalhista de bronze no Campeonato Mundial de Atletismo em Helsinque do mesmo ano.

No ano seguinte, nos Jogos Olímpicos em Los Angeles 1984, Cruz competiu com os britânicos Sebastian Coe, recordista mundial e o campeão olímpico de Moscou 1980, Steve Ovett. Joaquim na reta final da prova deu uma arrancada fantástica cruzando a linha de chegada em 1:43.00, novo recorde olímpico. Esse foi um dos momentos mais marcantes daquela Olimpíada. Naquele ano, foi eleito o Desportista do Ano numa votação de jornalistas brasileiros.

Nos Jogos Olímpicos de Seul 1988, ficou com a medalha de prata.

Joaquim Cruz também fez história nos Jogos Pan-Americanos. A primeira medalha de ouro em Indianápolis 1987 e a segunda foi em Mar Del Plata 1995 ambas nos 1.500 metros.

Em Atlanta 1996, Joaquim foi o porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de abertura, em sua última olimpíada. Encerrando sua brilhante carreira 1997.

Suas vitórias foram homenageadas pelo COB em 2007, quando Joaquim acendeu a pira olímpica dos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro.

O maior corredor do atletismo brasileiro Joaquim Cruz é um exemplo dentro e fora das pistas com uma elogiável postura ética que o caracteriza.