3 de dezembro de 2025

Aqui estão as Histórias do Hélio        

Por José Cruz

Durante muitos anos, os jornalistas de Brasília se acostumaram com a colaboração jornalística de Hélio Tremendani (foto), um carioca que aqui chegou criança, com nove anos de idade, em 1961.  Veio com a família, pois o seu pai João Melo era funcionário da Câmara dos Deputados. Morador do bairro Cruzeiro Velho, Hélio ia duas vezes por semana às redações levar informações sobre a Associação Recreativa Unidos do Cruzeiro – a tradicional Aruc, a mais premiada escola de samba de Brasília.

Na quinta-feira, Hélio levada informações para as editorias de Cultura e Esporte. Eu já trabalhava no Correio Braziliense e muitas vezes o recepcionava, pois tinha notícias sobre jogos da Aruc no final de semana, em competições de futebol de salão e handebol, tanto no masculino quanto no feminino, modalidades em que o clube sempre se destacou. Já na editoria de Cultura ele levava a programação musical de fim de semana da Aruc, numa época de poucas opções de lazer para a população de Brasilia. Era recepcionado pelo consagrado jornalista Irlan Rocha Lima, que este ano completou 50 anos de ininterrupto trabalho na editoria de Cultura do Correio Braziliense, depois de curta passagem pela editoria de Esportes, onde começou na profissão.

Ocorre que já na segunda ou terça-feira Hélio voltava à redação, dessa vez para entregar o resultado dos jogos. E assim, visita após visita, foi se criando uma amizade até que, passado o tempo, eu e Hélio Tremendani nos encontramos na criação deste espaço para contar histórias sobre a ainda jovem Brasília.

Hélio é meu parceiro de reportagens. Não tenho dúvidas em afirmar que é um historiador nato, pois está em Brasília desde 1961, nas origens da cidade que viu crescer. Morava num bairro que se tornou reduto do samba, da boa música, da prática esportiva séria e da representatividade do Rio de Janeiro. Cemitério, Gavião, Cruzeiro, enfim, foi esse último o nome que se fixou, surgido de uma época em que os arredores das casas eram de puro cerrado, que começava a ser desmatado para a cidade se expandir.

É nesse panorama que Hélio conta as suas lembranças. Aqui estão histórias, em sua primeira parte, pois outras virão, fatos reais que contribuem para a ainda recente “Memória da Cultura e do Esporte em Brasília”. Obrigado Hélio, por sua valiosa contribuição ao nosso trabalho.

Carnaval, futebol e personagens

Por Hélio Tremendani

 Em 1961 minha família veio para Brasília, pois o meu pai era funcionário da Câmara dos Deputados.

Passado o impacto inicial da mudança, do Rio para Brasília, nossa família foi buscando meios para sobreviver na cidade. Eu, ainda garoto, com nove anos de idade, fiz amizades com alguns garotos vizinhos, como o Solimar Ferrugem, o Dario, Manoel, Luis Carlos Nonô,  Artur, Fernando Assis e outros.

Foi com essa turma que fizemos um campinho de futebol improvisado e ali jogávamos ao longo do dia. Na escola também tínhamos um espaço improvisado. Já no acampamento da construtora a situação era precária, sem uma estrutura mínima.

Hélio e sua mãe, Juraci. Atrás, Jurema e Ferrugem

Nesta época, foi inaugurada a Associação Esportiva Cruzeiro do Sul, onde hoje funciona a Aruc. Foi criada para ser um espaço de lazer e entretenimento dos moradores. O campo que era utilizado por esta entidade virou o famoso “Escorre Sangue”, onde foram jogadas peladas históricas de futebol no início do Cruzeiro.

João Melo, pai de Hélio

Minha família continuava com muita dificuldade de adaptação e a minha mãe sofria para administrar a casa. No início, não tínhamos transporte público e quando precisávamos de médicos era necessário ir ao posto de saúde da Câmara dos Deputados, onde o meu pai trabalhava. Para isso, usávamos o ônibus funcional, isto é, que transportava os funcionários.       Para retornar das consultas médicas, tínhamos que aguardar uma carona ou esperar o  fim do expediente para voltar no ônibus junto com os funcionários.

O primeiro nome

No início, o hoje bairro do Cruzeiro era conhecido por “Gavião”. Por que Gavião? Foi para sufocar o nome original, “Cemitério”. As casas pareciam mausoléus. A própria comunidade mudou o nome e aí surgiu o Gavião, ave que sobrevoava a entrada do bairro, no local onde hoje está a 3ª DP. Mas, os professores da única escola da cidade não aceitaram e passaram a chamar de Cruzeiro, porque os ônibus que passavam no Eixo Monumental usavam esse nome nos painéis indicativos da linha, quem sabe em referência à Cruz de Cristo que tem na Praça atrás do Memorial JK, local da Primeira Missa de Brasília, em 1960. Porém, a Aruc adotou o Gavião como símbolo, até hoje.

Os irmãos Melão, Melinho e Hélio

Muita coincidência

A primeira entrevista, no JBr

Em 1963, os Jogos comemorativos ao terceiro aniversário de Brasília foram realizados em uma quadra improvisada, montada no Teatro Nacional, que ainda estava em construção.

Assisti ao jogo de vôlei entre a Seleção de Brasília e o Botafogo, do Rio de Janeiro, acompanhado pelo meu cunhado Zé Maria. Anos depois, quando servi ao Exército, fui convocado para treinar vôlei e, em uma conversa com o treinador, expliquei que esse jogo, entre Brasília e Botafogo, me marcou e me fez ficar mais apaixonado por voleibol. Coincidência, o Capitão Correia, o treinador com quem eu estava conversando, me contou animado que participou daquele jogo como atleta do Botafogo, meu time!

Eu e a música

A história de meu gosto pela música começou muito cedo. Sou de uma família de oito irmãos, sendo três homens e cinco mulheres; Jurema era a mais nova e, a seguir, eu.

Influenciado pelas mulheres desde o início aprendi a gostar do Nelson Gonçalves e Elizeth Cardoso, vozes e canções maravilhosas, os ídolos da época, quando a Rádio Nacional do Rio de Janeiro concentrava os melhores programas e cantores. E, seguindo meu irmão mais velho, o Melão, passei a ser fã incondicional de Roberto Carlos. Já o Melinho gostava das músicas internacionais, principalmente as de José Feliciano e Bread, que era uma banda norte americana, de rock, formada em 1968, em Los Angeles, que se tornou muito popular. Porém, o grupo se separou em maio de 1973.

Com o tempo, mas ainda na era do rádio, eu e Jurema passamos a acompanhar, também, a Rádio Bandeirantes, que transmitia os bastidores dos Festivais de Músicas Nacional e Internacional, realizados em São Paulo.

Em 1973, comecei a trabalhar e parte do meu salário era para comprar discos que eram de vinil. Eu comprava numa discoteca que existe até hoje, a Discodil, no Conjunto Nacional, o primeiro shopping da nossa Capital. Olha eu aí na foto…

O tempo andou e eu fui junto, descobrindo outros locais, até chegar na loja Eko, que ficava na Asa Sul. Ali, conheci um vendedor chamado Marcelinho, que me dava ótimas dicas de lançamentos. E foi por intermédio dele que cheguei ao jazz, quando conheci duas feras do gênero, Ella Fitzgerald & Louis Armstrong. Comprei os discos, claro, e a partir daí virei um fanático por esse gênero musical e passei a pesquisar tudo sobre o jazz.

Certa feita, de férias com a família, no Rio de Janeiro, minha parada obrigatória foi na discoteca Modern Sound, na Barata Ribeiro, em Copacabana. Eu tinha hora para entrar e para sair… só Deus sabia. Foi uma discoteca de referência na cidade, fundada em 1966 e fechada no final de 2010. Naquela visita fiz compras das novidades que guardo até hoje, a maioria dos discos em vinil, CDs, DVD e blue ray.

Como surgiu a Aruc

Irlan Rocha, o criador da sigla Aruc

A partir dos anos 1970 eu frequentava duas vezes por semana a redação do Correio Braziliense levando material de divulgação dos ensaios da escola de samba e da programação esportiva. O jornalista Irlan Rocha Lima trabalhava na editoria de esportes e sempre muito atencioso explicava como funcionava a edição das matérias para o jornal.

Para material carnavalesco nossa entidade era chamada de Escola de Samba Unidos do Cruzeiro e para o esporte simplesmente Cruzeiro, o que causava certa confusão com o time de futebol de Minas Gerais.

Sala de Troféus na sede da campeoníssima Aruc

 Determinado dia, o Irlan sugeriu que resumíssemos o nome da entidade, passando de Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro para apenas Aruc. O nome pegou e assim surgiu a sigla que representa o samba, esporte e cultura da nossa entidade.

Diretor da Aruc

Em 1974, quando eu estava com 22 anos, fui convidado para participar da diretoria da Aruc no cargo de diretor de esportes. Nilton Sabino tinha sido eleito presidente, e o Senhor Dudu era o vice. Em 1976, Sabino se candidata à reeleição e para minha surpresa me coloca como vice-presidente.

Questionei aquela decisão, afinal o Seu Dudu era meu vizinho e trabalhava com meu pai, João Melo, na Câmara dos Deputados e passava aquela sensação de substituir um personagem muito querido na comunidade cruzeirense sem motivos. Até porque, foi com Seu Dudu na vice presidência que a Aruc havia vencido os carnavais de 1975/76. Mas, diante da insistência do Sabino, acabei aceitando.

De Seu Dudu (foto) guardo as melhores lembranças, como ele, vestindo um terno impecável, passeando pelas estradas sem asfalto do nosso Cruzeiro numa “flamante” Lambretta.

Estreia na Avenida

Em 1974, fui convidado para fazer parte da diretoria da ARUC e montar o Departamento de Esportes. Como não sabia sambar, muito menos cantar, fui para a avenida apenas para assistir ao desfile, sendo que meus amigos do esporte desfilaram na Ala dos Boêmios.

Porém, na avenida, o rapaz que estava ajudando o carnavalesco Roberto Machado simplesmente desapareceu. Foi quando Roberto me pediu apoio. Ele me entregou a distribuição das alas e me pediu que eu o ajudasse a montar a escola. De repente todos vinham me perguntar onde iam ficar, e eu todo atrapalhado, mas no final deu tudo certo, com a Aruc sagrando-se campeã.

No ano seguinte resolvi desfilar também, pela primeira vez. Só que deu para perceber claramente que eu não levava jeito. Mais uma vez a ARUC foi campeã (1976). Em 1977, passei a ajudar também no Carnaval.

No dia do desfile, o Presidente Sabino me chamou na residência dele e pediu que eu comandasse a ARUC na avenida, uma vez que ele estava passando muito mal. Ponderei que eu não era a pessoa mais indicada para aquela função, já que eu era muito novo, estava com 25 anos, e os integrantes da Escola não me respeitariam. De imediato ele chamou a Dona Ana, sua esposa, e passou uma orientação pra ela, que caso tivesse algum problema comigo na avenida, ele gostaria de saber assim que possível, e para ela avisar a todos que eu iria comandar a Escola durante o desfile. Insisti que eu não era a pessoa indicada, mas não teve jeito. Acabei aceitando em  respeito ao estado de saúde do presidente.

Porém, havia um grande problema que eu teria que enfrentar: Falar com meus irmãos, pois eles resistiam ao meu envolvimento com escola de samba, embora me apoiassem no esporte. Foram momentos de muito nervosismo, da casa do Sabino até na casa da minha mãe, pouco mais de 100 metros de distância, e durante o caminho, eu só pensava no confronto que estava por vir.

Chegando em casa, falei com o Melão e o Melinho, e dei a sorte que o Heraldo Soares, fundador da Aruc e muito amigo da família, estava junto com eles. Tão logo falei o ocorrido, eles concordaram e não questionaram em nada, e mais do que isso, ofereceram logo ajuda: “Vai dar tudo certo, pode ficar tranquilo.” Foi um alívio, já não aguentava mais a pressão.

Uma noite inesquecível

Foi em 1979, lembro bem, uma noite inesquecível no Ginásio Cláudio Coutinho. Estava em desenvolvimento do “Projeto Pixinguinha” que trazia à cidade os destaques nacionais da MPB. Naquela ocasião, era a vez do grande Paulinho da Viola e eu estava lá com um grupo de amigos.

Além do show, tínhamos um desafio, tentar levar o Paulinho da Viola no ensaio da Aruc, naquela noite. Pedimos ajuda ao cunhado dele, João Bosco Rabelo, jornalista que era simpático à nossa entidade. Nosso presidente Sabino reforçou o pedido e deu certo, ele topou ir à Aruc.

Sem estrelismos, Paulinho da Viola esbanjou simpatia e mostrou que, além de grande sambista, primava pela gentileza dando atenção aos sambistas de Brasília

Na foto: Leo, Dona Ivone, Helio Tremendani e Paulinho da Viola.

Tive a oportunidade de conversar com ele e uma das perguntas que fiz foi a respeito da bateria da nossa Escola de Samba, que tocava naquela noite. Ele  respondeu que era boa, mas estava acelerada. Imediatamente corri junto ao diretor de bateria, João Nilton, e levei a observação. A partir dali, a bateria ficou mais cadenciada e acompanhou Paulinho cantando “Foi um Rio Que Passou em Minha Vida”. O público foi ao delírio e toda a quadra cantou junto.

Presidente da Aruc

Em 1980 fui eleito presidente da Aruc e convidei o Robson Silva e Zé César para criar o Departamento Cultural da Aruc. Os dois já participavam das atividades esportivas da Associação e promoviam evento musical em frente a Igreja Nossa Senhora das Dores, no Cruzeiro Velho.

Eles aceitaram e começaram a organizar o “Canta Gavião”, evento com atividades de lazer pela manhã e musical à tarde. A idéia era fazer sempre um no Cruzeiro Velho e no mês seguinte no Cruzeiro Novo. A equipe ainda tinha o Ismael César, Maurício, Landin, Cláudio Moreno, Walemberg e outros amigos que gostavam de música e show. O nome “Canta Gavião”, por sua vez, foi em homenagem ao primeiro nome do bairro.

 Na minha eleição disputei com outra chapa, mas venci com 99% dos votos. Sabia que não seria fácil comandar a maior Escola de Samba de Brasília, até porque estava substituindo o Sabino, maior sambista da história do carnaval da cidade. Eu vinha do esporte, pratiquei várias modalidades e, no samba, sempre fui um colaborador do mestre Nilton de Oliveira o popular Sabino.

Um dos primeiros desafios foi reconquistar o título, uma vez que tínhamos perdido em 79/80, em 81 não teve desfile e em 82 o desfile foi em Taguatinga. Convidei vários dirigentes da diretoria anterior, além de lideranças comunitárias para integrarem a equipe.

Em uma das reuniões para a escolha do samba-enredo-enredo de 1982 me deparei com muitas polêmicas entre os 32 compositores da escola. Lá pelas tantas, perdi a estribeiras, dei um tapa na mesa e apontei a porta da rua para os insatisfeitos e dei por encerrada a reunião. O motivo da polêmica era que todos queriam vencer na marra.

Após a reunião, o conselheiro Felipe Santiago, dirigente muito ponderado, me chamou no canto e fez, educadamente, um alerta: eu não devia agir daquela maneira, pois minha atitude mostrou um certo desequilíbrio diante da difícil situação. Em um primeiro momento, não gostei da reprimenda, mas ouvi e fiquei na minha.

Depois de refletir, convoquei outra reunião e pedi desculpas, reconhecendo meu erro. O vencedor foi o Élcio da Praia e a Aruc foi campeã com 17 pontos de diferença. A partir do fato, aprendi a lição que para comandar uma entidade tão popular eu teria que ser ponderado, sem perder o comando. MUITO OBRIGADO, FELIPE SANTIAGO!

Atuei como dirigente e colaborador da Aruc de 1974 a 2020.

O presente de meu Pai

Ainda criança meu pai, tricolor doente, sempre nos dava de presente camisas e outras coisas do Fluminense. Em um determinado dia avisei que eu não era torcedor do Fluminense, mas botafoguense, pois eu era fã do Nilton Santos e do Garrincha.

Obviamente que ele não gostou, mas acabou aceitando. Em 2001 trabalhava na Secretaria de Esportes e propus ao Agrício Braga, então secretário, uma homenagem ao Nilton Santos, que era um dos professores da Escolinha do DEFER de futebol. Fizemos um torneio na AABB e trouxemos a equipe de base do Botafogo, ao mesmo tempo em que prestamos uma homenagem a Enciclopédia do Futebol.

Foi um privilégio enorme poder ter convivido com Nilton Santos, quando ele aqui morou. Ia seguidamente à Associação dos Cronistas Esportivos, no estádio Mané Garrincha, onde ficava o Defer, onde eu trabalhava. Por isso, era comum encontrá-lo e viver um pouco ao lado desse grande Homem, antes de tudo, pois caráter é o que não faltava naquele exemplar jogador de futebol.

O meu irmão Melão

Melão marcou Pelé, no jogo em que o Santos enfrentou a Seleção de Brasília, 1967

Essa foto, do incrível fotógrafo Orlando Brito, lembra de um momento muito especial. Acompanhei a carreira de jogador de futebol do meu irmão Moacyr Tremendani, o popular Melão, desde o início. Naquela época, a condição para que ele me levasse aos jogos era que eu ficasse próximo das cabines de transmissão das rádios para prestar atenção à narração dos jogos.

Pois o registro de Brito mostra exatamente uma dessas cabines, ao fundo. Aos 14 anos, eu ia aos jogos e prestava muita atenção no comentário dos narradores, pois essa era minha missão: ao chegarmos em casa, eu tinha que contar ao meu irmão o que acharam de sua atuação e, em especial, se continuavam comparando o estilo de jogo dele ao do zagueiro Pavão, que atuou no Flamengo e Santos.

Acabei tendo a simpatia da equipe de esportes formada por Wanderlei Matos Ricardo Alfredo, Sérgio e outros.

A foto me levou de volta àquele período, onde também começava a ser escrita a história do futebol em Brasília.

Melão protagonizou essa bela história do futebol de Brasília, registrada por Orlando Brito, no momento em que troca flâmula de seu time com Pelé, no jogo em que o Santos venceu a Seleção local por 5×1.

Ainda morando no Rio de Janeiro, ele chegou a treinar no Fluminense, até que o meu pai foi transferido para Brasília, em 1961. Morando no Cruzeiro Velho foi convidado para jogar na A.E.Cruzeiro do Sul e em 1963 foi campeão do DF. No ano seguinte foi para o Rabelo onde também conquistou o título de campeão e participou de todas as Seleções de Brasilia enquanto jogou.

Melão está sempre no Cruzeiro apesar de morar no Guará, foi conselheiro da Aruc e fez parte da harmonia nos desfiles da escola de samba.

No Defer

No ano 1999 fui indicado para ser o Diretor do Departamento de Educação Física da Secretaria de Esportes. Com apoio do Chefe de Gabinete, Marco Aurélio Guedes,  o Marquinhos, tive todo suporte para implementar as medidas que considerávamos necessárias.

O departamento, hoje Secretaria de Esportes do Distrito Federal, administrava as escolinhas esportivas públicas. Na ocasião, criamos o Projeto Esporte Solidário (depois chamado de “Amigo da Gente”), que envolvia mais de 10 mil alunos, 500 monitores e 48 professores requisitados da Secretaria de Educação para as Escolinhas do DEFER.

Também tivemos a oportunidade de criar o Circuito de Corridas de Rua e Ciclismo nas Cidades Satélites, Festival da Paz de Futsal reunindo 240 equipes, Copa do Mundo JK, reunindo os Núcleos do Projeto Amigo da Gente, Toneio Nilton Santos, com a presença do Junior do Botafogo e Corrida de Reis.

Para que o trabalho fosse realizado contei com o apoio de professores altamente capacitados tais como, Ezequias Vasconcelos, Professora Beth, Francisco Xavier, Ildeu, Cidinha, Cidona e Sueli, e do ex-deputado distrital, Agrício Braga, e do ex-presidente do Gama, Wagner Marques, ligados ao futebol do DF.

Novas histórias

Com frequência mais assídua voltarei a ocupar este espaço para contar novas passagens que acompanhei ou delas participei. Na música, no Carnaval, no futebol, no handebol ou mesmo com gestor estive presente nos maiores acontecimentos da nossa querida Brasília.

Daqueles tempos, que ainda são recentes para todos nós, guardo, de muitos eventos, recortes de jornais que me ativam a memória e dali escrevo essas históricas lembranças. Breve estarei de volta com novas narrativas.