6 de abril de 2025

Resistir para Existir

Por Hélio Tremendani

A Avenida das Mangueiras, entre Cruzeiro Novo e Cruzeiro Velho, ganhou o alegre agito carnavalesco na tarde do último domingo (23/2), com o minidesfile de escolas de samba de Brasília, sem qualquer apoio financeiro público.

Lá estiveram representações das nossas queridas coirmãs Acadêmicos da Asa Norte, Águia Imperial, Aruc, Capela Imperial, Mocidade do Gama, Bola Preta de Sobradinho e Gruvip.

Embaladas pela bateria da Aruc, cada Escola cantou o seu samba-enredo. Foi bonito ver as rainhas, porta-bandeiras e passistas marcando presença nesse Carnaval improvisado, em substituição ao tradicional desfile.

Os aplausos do público que compareceu foi o reconhecimento maior a essa manifestação pacífica que queria apenas dizer “Ainda estamos aqui”!

As autoridades do Distrito Federal não podem continuar insistindo nesse tipo de extermínio das Escolas de Samba. Essas instituições precisam ser respeitadas, antes de tudo, pois estão presentes nas ruas da Capital desde as origens de Brasília.

Os desfiles carnavalescos daqui se diferenciam dos demais porque reunimos culturas de todas as regiões do país. E é com a criatividade desse povo que ocorrem os desfiles.

Isso tem um valor histórico que não pode ser visto com desprezo político. Ir na contramão dessa realidade agride a ainda recente história de nossa querida Capital. As escolas de samba de Brasília, por sua importância e por seu passado, merecem respeito.

Não queremos alimentar polêmicas nem politizar os desfiles, queremos apenas Resistir para Existir.