O Instituto ARUC Cultural lançou no dia 16 de outubro a exposição “Aruc, Patrimônio Cultural do Distrito Federal”, na Galeria do Espelho D’água da Câmara Legislativa do Distrito Federal. A exposição permanecerá na CLDF até o dia 31 de outubro. A cerimônia também abriu a programação do aniversário de 63 anos da ARUC.
A exposição é composta por 36 painéis com fotos, textos e QR Codes para visualizar vídeos com depoimentos, bem como a audiodescrição para pessoas com deficiência visual e trata sobre o histórico da Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro (ARUC), registrada como Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal.

Durante a solenidade de abertura da exposição, o representante do Ministério da Cultura, Yuri Soares Franco, destacou a importância de ações voltadas para o setor no Distrito Federal.
“Às vezes, as pessoas se esquecem que o Distrito Federal não é só a sede do Governo Federal. Também é uma das unidades federativas e tem o mesmo direito das outras a ter acesso à todas as políticas públicas culturais do Ministério da Cultura. A ARUC tem sido sempre parceira nisso e a gente espera que essa parceria continue”, afirmou.
Já o deputado distrital Gabriel Magno ressaltou que um dos maiores títulos da entidade é o de cessão do terreno. “É uma justiça para cidade. No momento que estamos vivendo no Distrito Federal, esse debate é importante, sobre o direito à cidade. Isso é fundamental a gente destacar, porque quando a gente fala da cultura, do espaço de resistência, de mobilização, estamos falando para quê serve a cidade e para quem ela serve”, argumentou.
O presidente do Instituto ARUC Cultural e coordenador geral da exposição, Helio Tremendani, destacou que há 50 anos participa de todas as atividades realizadas pela ARUC.
“A ARUC é uma entidade que sofreu perseguições por muitos anos, porque é uma entidade à frente do seu tempo. Ela foi quem abriu espaço para o movimento negro unificado de Brasília, para capoeira, para o Miss Gay – que foi um evento iniciado em 1979 e fez o maior sucesso. É uma entidade que abre a participação de todos e todas, independente de escolhas ou orientações”, reforçou.
Exposição
Segundo o historiador Rafael Souza, um dos curadores responsáveis pela exposição, a iniciativa mostra os 63 anos de trajetória bem-sucedida de uma das agremiações mais importantes da capital federal.
“É uma grande honra estarmos abrindo essa exposição na Câmara Legislativa, pois afinal de contas é a Casa do Povo do Distrito Federal para apresentar uma história tão rica, tão cheia de exemplos e vitórias, algumas poucas derrotas que também servem para construir o caráter. Mas, acima de tudo, uma relação de muito amor de uma comunidade com a sua agremiação – que é escola de samba, time de futebol, de handebol, de futsal. É o espaço da cultura, da resistência, especialmente do cruzeirense, mas de Brasília como um todo”
Depois da Câmara Legislativa, a exposição vai circular por seis cidades do DF, começando pelo Gama, onde ficará na Biblioteca Pública entre os dias 4 a 30 de novembro e depois em Samambaia, onde ficará no Complexo Cultural entre os dias 2 a 30 de dezembro.
Para 2025, a exposição retorna entre os dias 7 de fevereiro a 16 de março no Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul) e de lá seguirá para Planaltina e São Sebastião, em datas a serem confirmadas. A circulação encerrará na própria sede da ARUC, onde a Exposição permanecerá definitivamente, integrada ao Museu Histórico da agremiação.
A iniciativa aprovada pela Lei Paulo Gustavo, com o processo nº 00150-00006831/2023-67.