Em 1992, o Brasil sediou a Conferência Mundial do Meio Ambiente – Rio 92 – que reuniu os principais líderes mundiais, para debaterem sobre o clima no mundo e políticas públicas de forma integrada, a fim de evitar o “desenvolvimento a qualquer custo” e, em consequências, desastres ecológicos, como tristemente se observa em Porto Alegre, neste maio de 2024.
Naquela época, os assuntos “ecologia, “meio ambiente” e “variações climáticas” eram pouco explorados pela imprensa brasileira. Foi quando o jornalista José Cruz, então trabalhando na Assessoria de Imprensa do Ibama, escreveu um “glossário” para melhor orientar os jornalistas que começavam a cobrir o assunto. O livro em questão, agora disponível na Biblioteca da ARUC, explica o que significavam termos como “ecossistema”, “efeito estufa”, “desmatamento”, “impacto ambiental”, “camada de ozônio” etc.
A publicação foi enriquecida com a participação de dois Mestres das questões ambientais, Antônio José Andrade Rocha e Márcio Antônio Naves, ambos, à época, professores da Universidade de Brasília (UnB), e que se tornaram coautores da publicação.
Livro de consulta (que, lamentavelmente, não foi atualizado nem ampliado nesses 32 anos) é de leitura oportuna para possíveis comparações com a realidade atual, já que nele também são tratados temas como “o lixo urbano”, “o futuro do planeta”, “a Amazônia”, “Ameaças à biosfera” etc.
Naquele distante 1992, o então secretário-geral da Rio-92, Maurice Strong, diplomata canadense e subsecretário geral da ONU, assim se manifestou em uma entrevista à revista Veja:
“Nas últimas décadas houve muita conversa, a consciência ecológica cresceu, mas o meio ambiente global só piorou”… Qual é a realidade mundial, 32 anos depois dessa manifestação?